Uma das doenças que o seu cão pode ter é a hepatite infecciosa canina. Não tem nenhuma relação com a hepatite humana e é uma doença que só afeta os cães. É uma doença cada vez menos frequente graças às vacinas, mas é contagiosa e, às vezes, mortal em cães filhotes que não foram vacinados. Neste artigo de umComo.com.br vamos explicar para você quais são as causas da hepatite em cães.
A hepatite infecciosa canina, antes conhecida com o nome de doença de Rubarth, é causada pelo adenovírus tipo 1, em toda Europa, por exemplo, é um vírus que só afeta raposas e cães. Esta é a causa que provoca a hepatite e a principal fonte de infecção é através da ingestão de saliva, fezes ou urina de outros cães infectados. Quando um cão se recupera desta doença, pode chegar a expulsar o vírus durante mais de 6 meses através da urina. É um vírus muito forte e resistente a uma grande quantidade de produtos desinfetantes e a sua presença pode perdurar no meio durante muitas semanas.
Quando um filhote contrai este vírus, pode morrer em pouco tempo e se ainda por cima se encontrar rodeado de mais cães, a possibilidade de contágio é muito elevada. Se um filhote infectado é introduzido em um novo grupo de cachorros, pode desencadear um surto especialmente virulento da doença. Assim, a prevenção através da vacinação é crucial para que a doença não se estenda, sobretudo em situações nas quais muitos cães convivem juntos. A hepatite infecciosa canina afeta, em primeiro lugar, o tecido linfático que rodeia a cabeça e a seguir passa para os órgãos; o fígado costuma ser um dos mais afetados. Quando um cão acaba infectado, a possibilidade de falecimento é bastante elevada mesmo com tratamento.
É muito importante estar atento aos sintomas da hepatite em cães que podem ser desde muito leves até muito graves, causando uma morte repentina. Em filhotes muito jovens, caso manifestem uma dor muito forte no abdômen, em poucas horas poderiam falecer. De qualquer forma, se um cão jovem foi criado de forma responsável, costuma usufruir da proteção temporária que se herda da mãe (se esta foi vacinada), assim, esta variante da doença é estranha.
Na fase inicial da doença, costuma-se perceber um estado letárgico. Durante o exame, o veterinário notará uma temperatura elevada, vermelhidão das mucosas, inflamação dos gânglios debaixo da mandíbula e amigdalite. Se o seu pet sofre de amigdalite aguda, vá ao veterinário de imediato porque não é nada habitual. Uma vez chegado a este ponto, o quadro pode evoluir com rapidez até que o seu cão tenha diarreia, vômitos e perda de apetite.
Também é possível que o seu pet só demonstre a forma leve da doença, ou seja, apresentando um pouco de febre, um pouco de diarreia e uma certa inflamação nos gânglios.
A realidade é que existem variantes no quadro clínico, às vezes podem aparecer convulsões que afetarão o diagnóstico, que pode ser confundido com a cinomose. Pode acontecer que surjam de forma simultânea a cinomose e a hepatite infecciosa canina. Existem muitos cães que sofrem de um transtorno chamado edema de córnea, ainda que dependa da cepa do vírus, o qual costuma aparecer 10 dias depois dos primeiros sintomas. O olho adquire uma cor azulada e turva depois da formação de um edema.
Se você é um dono responsável, o que deve fazer é prevenir esta doença. A hepatite infecciosa canina é uma das primeiras vacinas que recebem os filhotes e faz parte da dose de reforço anual. Estas vacinas costumam conter a cepa CAV-2, já que protegem contra certas variantes da tosse canina e, ainda, previne a formação do edema de córnea. Será o seu veterinário quem avaliará o protocolo de vacinação que se adapte às necessidades do seu pet.
Caso o seu cachorro tenha esta doença, será importante cuidar da sua alimentação e seguir as recomendações que indicamos no artigo O que um cão com hepatite pode comer.
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