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Como tratar e cuidar de um cachorro com epilepsia

Nídia Figueira
Por Nídia Figueira. Atualizado: 16 janeiro 2017
Como tratar e cuidar de um cachorro com epilepsia

A epilepsia canina é uma doença crônica caracterizada por ataques involuntários e recorrentes que podem ou não implicar uma perda de consciência da parte do pet. As crises convulsivas podem ser desencadeadas por vários motivos diferentes, sendo difíceis de antecipar. Cerca de 2% dos cães apresenta crises convulsivas em algum ponto da sua vida. A cada crise, o mecanismo corporal do pet facilita o aparecimento de novas crises, aumentando as chances de recorrência. Por isso, a epilepsia canina é uma doença mais comum do que imagina. Os cães epiléticos podem, no entanto, ter uma vida normal como qualquer outro cão desde que o dono redobre a atenção e os cuidados com ele. Saiba como tratar e cuidar de um cachorro com epilepsia e mantenha o seu amigo seguro, lendo esse artigo do umComo.

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Passos a seguir:
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Causas e tipos de epilepsia canina

Qualquer distúrbio que afete o cérebro de um animal pode causar convulsões. As causas mais comuns são, no entanto, anomalias de nascença como a hidrocefalia ou traumas como quedas, intoxicações, tumores cerebrais ou atropelamentos em que o animal sofre danos na cabeça. Isso significa que a epilepsia pode ser genética ou adquirida em qualquer momento da vida do pet.

Sem causa aparente, a convulsão é chamada de idiopática. A convulsão idiopática genética é provocada por hereditariedade, sendo recomendado que os cães não procriem caso tenham essa condição. Os animais epilépticos idiopáticos devem, portanto, ser castrados para que a doença não passe para os filhotinhos. A epilepsia genética é mais comum em animais de raça pura e se manifesta, geralmente, após os 3 anos de idade. Continue lendo para saber como tratar e cuidar de um cachorro com epilepsia.

Dica: Dê uma olhada nesse texto que explica como saber se meu cão tem epilepsia.

Como tratar e cuidar de um cachorro com epilepsia - Passo 1
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Sintomas de epilepsia canina

A epilepsia canina pode se manifestar de diferentes formas e em vários graus. Os sintomas variam desde comportamentos estranhos e pequenos espasmos a convulsões fortes.

Em ataques epilépticos leves, o animal espuma e perde algum controle do seu corpo, devendo ser levado ao veterinário. Se o ataque for mais grave, o cão de lado no chão e perde o controle de todos os membros, aparentando múltiplos espasmos em simultâneo. Se acontecer, procure manter a calma e garantir que o seu pet não se machuca. Isso implica não o mover durante a convulsão para evitar que ele se afogue ou morda a própria língua. Ir ao veterinário após o ataque é indispensável.

Alguns animais demoram muito tempo até que os ataques regressem. Nesses casos, apenas necessitam de observação. Cachorros com ataques frequentes necessitam de tomar medicação para o resto da sua vida. No entanto, isso não altera a sua capacidade mental e física nem a sua disposição.

Dica: Acesse esse artigo para saber como agir se eu cachorro tiver um ataque epilético e esteja preparado.

Como tratar e cuidar de um cachorro com epilepsia - Passo 2
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Como tratar epilepsia canina

Os animais diagnosticados com epilepsia devem receber tratamento com medicamentos antiepilépticos e calmantes recomendados pelo veterinário. A longo prazo, esses medicamentos podem provocar sobrepeso no animal pelo que é recomendado que vigie a alimentação do cachorro.

O tratamento só é indicado quando as convulsões são frequentes. Os medicamentos previnem as crises mas prejudicam o fígado do animal, existindo uma necessidade de acompanhamento constante pelo veterinário. Ele fará uma análise ao progresso do animal face à medicação recomendada e regular as dosagens das drogas de forma adequada.

Em casos de convulsões desencadeadas por stress, o veterinário pode receitar apenas calmantes para ocasiões particularmente difíceis para o animal. Esses momentos podem incluir a hora do banho, o cio, mudanças de rotina, entre outros.

Apesar de serem indolores, as convulsões podem prejudicar a saúde do animal caso você não esteja com ele no momento do ataque. Os níveis terapêuticos dos medicamentos no sangue do animal devem ser monitorizados e reavaliados a cada 6 meses para regular os níveis.

Se o seu cachorrinho é idoso, acompanhe atentamente os seus sintomas e esteja atento para indícios de insuficiência renal e discuta a sua dieta com o veterinário.

Tratar e cuidar de um cachorro com epilepsia pode parecer difícil, mas é uma situação partilhada por muitos donos. Mostre o seu amor ao seu melhor amigo e ele retribuirá todo o carinho.

Boa sorte!

Como tratar e cuidar de um cachorro com epilepsia - Passo 3

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