O que é esporotricose felina

O que é esporotricose felina

A esporotricose felina é uma doença provocada pelo fungo Sporothrix schenki. Nos gatos, pode ser identificada através de lesões cutâneas mas também afeta outras espécies, inclusive a humana (sendo, por esse motivo, chamada de zoonose). O fungo prolifera em regiões tropicais e sub-tropicais devido às suas temperaturas elevadas e umidade alta, fatores que impulsionam a sua reprodução. O crescimento elevado da doença no Rio de Janeiro é preocupante para dos donos de gatos, uma vez que a contaminação é muito frequente. Se você gostaria de saber o que é a esporotricose felina e conhecer os seus sintomas e tratamento, continue lendo esse artigo do umCOMO e esclareça todas as suas dúvidas!

O que é a esporotricose felina

A esporotricose felina é uma doença tratável, tanto para humanos como animais. A doença apenas pode ser detetada com sinais evidentes como feridas pelo corpo ou pelo aparecimento de uma pequena ferida na zona do nariz.

Por falta de informação sobre a doença, alguns veterinários recomendam que os gatos diagnosticados com a doença sejam eutanasiados ou que tenham os seus membros amputados.

O maior contágio desta doença ocorre através do reino vegetal, através da vegetação em si ou em locais com pouca higiene como lixeiras. O contágio pode ocorrer através do manuseio de vegetais ou terra infectada com o fungo quando existem ferimentos. Por terem sido infetadas através do contato com espinhos de uma roseira, alguns cientistas chamam a esporotricose de doença dos espinhos.

Nos gatos, a doença pode comprometer os órgãos vitais em estados avançados tratados tardiamente, mas no caso dos humanos é raro ultrapassar a pele e o tecido celular subcutâneo. Em casos extremos, pode disseminar-se para os ossos e órgãos internos.

Sintomas da esporotricose felina

Os sintomas da esporotricose felina começam com uma lesão na pele do gatinho que pode ser acompanhada de pus. Contudo, a doença pode estar afetando outras regiões do seu corpo como as mucosas, os pulmões, as articulações os ossos e o sistema nervoso.

As lesões podem ser graves, especialmente quando acometem a região da cabeça e as extremidades das patas. As feridas não saram com antibióticos nem pomadas, mas geralmente não causam dor nem coceira aos animais (excepto quando são infetadas com bactérias).

Quando o fungo compromete o sistema imunitário, os gatos podem apresentar fraqueza, febre e anorexia.

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Transmissão da esporotricose felina

Para que o fungo penetre a pele do animal, basta ele ter um pequeno ferimento na pele sob as unhas ou na região da boca ou nariz, ou mesmo uma mordedura ou arranhão de outro animal. Os cachorros e os gatos também podem transmitir a doença através de uma arranhadura, sem sequer estarem contaminados com a mesma.

A principal transmissão da esporotricose felina dá-se através das brigas entre os animais.

Os animais podem transmitir a esporotricose às pessoas, mas a doença não é contagiosa, o que significa que não pode ser transmitida de pessoa para pessoa. Para prevenir o aparecimento da doença e o contágio do seu animal, é essencial ter os seguintes cuidados:

  • Usar luvas ao cuidar do animal doente e limpar o espaço em que ele se encontra com água sanitária.
  • Evite que o animal morda ou arranhe você. Contudo, se isso acontecer, desinfete bem a ferida.
  • Castrar animais saudáveis para evitar que vão à rua e sejam contaminados pela doença.
  • Cremar o corpo de animais que faleçam com esporotricose para que o fungo não se espalhe pelo solo.
  • Isolar gatos doentes para que não contaminem outros animais domésticos ou ambientes da casa enquanto não são tratados.

Diagnóstico da esporotricose felina

Para diagnosticar a esporotricose felina, é essencial levar o gatinho doente ao veterinário assim que surja a primeira lesão na pele. O médico fará algumas perguntas ao proprietário do animal para traçar um histórico de brigas, entender o acesso do gatinho à rua e identificar o ambiente do animal.

São também feitos exames como uma cultura de fungos, biópsias das lesões e citologia para definir o diagnóstico com certeza. É essencial distinguir a esporotricose de outras doenças com lesões tópicas semelhantes como sarnas, alergias alimentares e criptococose.

Tratamento da esporotricose felina

O tratamento da esporotricose felina pode ser muito longo, tendo uma duração média entre 6 meses e um ano. O veterinário receita medicação antifúngica imprescindível para tratar o gatinho contaminado e, em casos de infeções bacterianas secundárias nas lesões, antibióticos.

É essencial ter muito cuidado com falsos diagnósticos, uma vez que apenas os exames podem confirmar se as lesões são provocadas por esporotricose e não outra doença. Nunca interrompa o tratamento sem indicação do veterinário pois as feridas podem fechar sem estarem curadas.

Caso o seu animal seja contaminado, não o abandone nem o sacrifique, uma vez que esta doença tem cura! O abandono animal é crime e a eutanásia só deve ser considerada em casos muito avançados em que o animal está em grande sofrimento!

Dica: Em alguns Institutos médicos, é possível ser atendido para que seja feito um diagnóstico e tratamento gratuito de animais com zoonoses!

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