Como tratar os cálculos na bexiga nos gatos
Nos gatos, a formação de cálculos ("pedras") na bexiga é mais frequente do que em outros animais. A extraordinária capacidade de concentração da urina dos gatos, associada ao reduzido consumo de água destes animais, herança de seus antepassados selvagens (gatos selvagens africanos, que praticamente só tomavam a água presente em suas presas), parecem ser os responsáveis. Se você já sabe como detectar o problema, em umComo.com.br, explicamos como tratar os cálculos na bexiga nos gatos.
Passos a seguir:
Dieta específica. Em clínicas veterinárias e lojas especializadas, há alimentos específicos para gatos com problemas de cálculos. São comercializados em forma seca (ração) e úmida (latas).
Estes alimentos regulam o pH da urina, têm substâncias que inibem a formação de cálculos e apresentam baixo conteúdo dos minerais que normalmente formam os cristais.
Apesar da maioria destes alimentos atualmente serem polivalentes, isto é, funcionarem bem para os diferentes tipos de cálculos, recomendamos primeiro a realização de um exame de urina para determinar o tipo de cálculo e optar pela ração mais apropriada.
De qualquer forma, estas dietas devem ser mantidas durante muito tempo, de preferência por toda a vida, ainda que os sintomas desapareçam.
Consumo de água. O consumo abundante de água reduz a formação de cálculos. Algumas formas de fazê-lo é mudar os bebedouros de lugar regularmente, aumentar a quantidade de bebedouros ou dar-lhes comida úmida.
Antibióticos. O uso de antibióticos é recomendado para tratar a infecção de urina associada ou, se não for o caso, para prevenir.
O antibiótico mais adequado será o que indicar o antibiograma, um teste de laboratório realizado para saber o tipo de antibiótico útil para combater a bactéria responsável pela infecção.
Se o antibiograma não foi realizado ou se é utilizado de forma preventiva, devemos administrar antibióticos do grupo das quinolonas, o mais comum é o enrofloxacino em dose de 5 mg/Kg, uma vez ao dia, que é prescrita pelo veterinário para ser administrado por no mínimo 15 dias.
As indicações de dose receitadas pelo veterinário devem ser seguidas à risca e não se esqueça de que as quinolonas não devem ser administradas em cães.
Anti-inflamatórios. Seu papel é fundamental, já que diminuem a inflamação, reduzindo o risco de obstruções. Por serem analgésicos, fazem com que o gato se sinta melhor e coma e beba mais.
Convém observar que os anti-inflamatórios não esteroides (AINES) utilizados em pessoas, como o ibuprofeno, o ácido acetilsalicílico (aspirina) ou o paracetamol são muito tóxicos para gatos.
Podem ser administrados em gatos, com relativa segurança, o meloxicam, o carprofeno e o robenacoxib.
Cirurgia. Se as medidas anteriores não funcionarem, se houver sérios riscos de obstrução ou se o cálculo for muito grande para sair naturalmente, não restará outra alternativa do que a de recorrer a uma cirurgia para extraí-lo.
Recomendamos levar o gato pelo menos duas vezes por ano ao veterinário para uma revisão.
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